O beijo do homem era um tanto bruto, como um peixe encalhado que finalmente conseguia voltar para o oceano.
Inês apoiava as mãos no peito dele, tentando escapar, mas sem conseguir se desvencilhar. Depois de saciar-se com seus lábios, Emanuel percorreu com beijos a clavícula e o pescoço dela, delicadamente.
- Emanuel, você...
A voz sensual e rouca do homem ecoou em seu ouvido:
- Inês, essa boca sua, é absolutamente perfeita! - Concluindo, ele beliscou suavemente a carne macia de sua cintura.
A cintura era o ponto sensível de Inês. Ao ser tocada, suas pernas amoleciam imediatamente. Emanuel aproveitou a oportunidade para beijar seus lábios novamente. Inês, passivamente, suportava o beijo fervoroso do homem, até quase ficar sem ar, quando finalmente ele a soltou.
Ele acariciava as bochechas de Inês, com um olhar cheio de ternura, e disse:
- Inês, você também gosta um pouco de mim, não é?
Inês mordeu os lábios com força.
- Não...
- Sem mentiras!
Inês amaldiçoou baixinho em seu coração e