John
Na manhã seguinte, John foi despertado por uma claridade incomum que atravessava os grandes painéis de vidro da sala. Abriu os olhos devagar, piscando contra a luz intensa que o atingia em cheio. Ao tentar se levantar, sentiu uma dor latejante na cabeça. Passou a mão pelos cabelos bagunçados e percebeu que havia dormido no sofá.
O ambiente ao redor ainda carregava os vestígios da noite anterior: a garrafa de uísque quase vazia sobre a mesa de centro, o copo caído no chão e um silêncio que parecia zombar da sua ressaca. Esfregou as têmporas com força e passou as mãos pelo rosto.
Foi então que ouviu um barulho vindo da cozinha.
— Elizabeth...? — murmurou, levantando-se num impulso, o coração disparado com uma pontada de esperança. Já se preparava para repreendê-la com veemência, exigindo respostas. Mas, ao entrar na cozinha, parou subitamente. Não era Elizabeth quem estava ali.
Era James.
O motorista, pareceu surpreso ao ver o patrão naquela condição, o homem sempre impecável estav