John
John passou pela recepção com passos largos e apressado quase esbarrando em algumas pessoas que distraídas com o celular não o reconheceram de imediato, mas ao levantar o olhar com certa irritação, ficavam pálidas ao vê-lo.
Ao chegar no carro o motorista o aguardava com a porta aberta.
— Me dê as chaves. Eu vou dirigir. — A voz soava urgente e autoritária.
O motorista imediatamente entregou as chaves, John entrou no carro e saiu cantando os pneus, sob os olhares perplexos do motorista e dos demais que ali estavam.
John dirigiu apressadamente e logo chegou em casa.
O silêncio absoluto o recebeu, denso e incômodo. A mesa do café ainda estava do jeito que ele havia deixado. Elizabeth nunca deixava nada fora do lugar.
Sem pensar muito, John dirigiu-se às dependências dos empregados e, pela primeira vez, entrou no quarto onde sua esposa dormiu por três longos anos.
Ao cruzar o batente da porta, o choque o paralisou. O cômodo era minúsculo. Os móveis, embora simples, eram bem cuidado