Pouco antes…
Elizabeth saiu da cafeteria com um leve sorriso nos lábios. O céu estava limpo, tingido por tons alaranjados, e o ar fresco. Cruzou a rua com passos tranquilos, o vestido esvoaçante suavemente ao redor das pernas e o chapéu protegia seu rosto. Andou alguns metros até a floricultura.
Ouviu o som distante de motos, mas não deu importância. Era comum motociclistas passarem por aquela rua, com o ronco grave de motores ecoando.
Ao entrar na pequena floricultura, foi recebida com familiaridade.
— Boa tarde, senhorita Elizabeth — disse o senhor Carter, um florista de meia-idade com bigode espesso e olhar gentil. Suas mãos estavam manchadas de terra e suas unhas, limpas, mas curtas. — Como tem passado?
— Muito bem, senhor Carter. Obrigada por perguntar.
— E o que vai querer hoje?
Elizabeth percorreu as prateleiras repletas de vasos coloridos. Seus olhos brilharam ao encontrar uma tulipa solitária num vaso de cerâmica branca. Ao lado, um buquê de flores campestres lhe chamou atenç