John
John permanecia no mesmo ponto, imóvel, como se o próprio ar ao redor dele estivesse suspenso. Estava prestes a tomar a decisão de atravessar a rua e entrar no restaurante quando um movimento na calçada lhe chamou a atenção.
— Aquele sujeito… — murmurou entre dentes, a voz carregada de desprezo. — Teve a audácia de aparecer.
Bruce, ao seu lado, também reconheceu Steve Taylor entrando pela porta principal do “La Brise”. Lançou um olhar rápido para o chefe e percebeu a mudança instantânea: o maxilar travado, os músculos dos ombros rígidos e aquele brilho perigoso no olhar, o prenúncio de uma fúria contida.
John começou a caminhar, avançando por entre as pessoas que se espalhavam pela rua movimentada. Alguns olhares curiosos se voltavam para ele; as mulheres, em particular, desviavam a atenção das vitrines e das conversas para admirar a imponência daquele homem alto, vestido com elegância e carregando uma aura difícil de ignorar.
— Senhor, por favor… não se precipite. — A voz de Bru