Laura Martins:
— Então? — Questiono, arqueando uma sobrancelha, Fernando está a alguns minutos apenas calado, me olhando como se estivesse tendo algum tipo de luta interna. Sua hesitação aumenta ainda mais a minha ansiedade diante do silêncio, a tensão quase palpável.
— Agora somos namorados — ele afirma, se recostando na cadeira, seus olhos fixos nos meus. Apenas assinto com um movimento rápido de cabeça, o nervosismo borbulhando dentro de mim, mas me controlo para não demonstrar.
— A confiança é a base para qualquer relacionamento, sem mentiras, sem mal entendimentos — Fernando continua, sua voz firme. — Precisamos ser honestos.
— Sim — concordo, sentindo o nervosismo aumentar, mas mantendo minha expressão serena.
— Lembra quando eu a chamei pela primeira vez a minha sala, lá na empresa? — Ele questiona, e eu aceno afirmativamente.
— Lembro — respondo, a memoria ainda fresca em minha mente.
— Eu perguntei como você conseguiu um encontro comigo, até insinuei que você tinha algo contra