Saí da Nebula imediatamente e fui caminhando atordoada pela rua, quase correndo até a farmácia mais próxima.
Entrei na farmácia com o capuz do moletom puxado até as sobrancelhas e pus óculos escuros, mesmo sendo final de tarde, quase noite. Se pudesse, botava um cartaz: “Não me olhem, sou só um fantasma”.
Peguei um pacote de M&Ms, para disfarçar e encarei a prateleira de testes de gravidez mais adiante, me sentindo sem coragem.
- Posso ajudá-la? – a atendente me perguntou, uma senhora de mais ou menos uns 60 anos, certamente se questionando se eu era homem, mulher ou um alien perdido na farmácia, já que só dava para ver meu nariz, boca e parte das bochechas.
- Ah, sim... eu quero um Dimenidrinato, Ondansetrona, Ácido Mefenâmico, Betahistina, Vitamina B6, ácido fólico... e... aquele negócio de urina – murmurei o pedido final, evitando contato visual – o mais discreto possível... tipo ninja.
- O “negócio de urina” seria... um teste de gravidez? – puta que pariu, ela falou aquilo como qu