A porta do meu escritório não me isolou do turbilhão de pensamentos que estava em minha mente.
Fiquei parado no meio da sala, com o corpo ainda vibrando como um fio esticado.
A cada batida do meu coração, era um flash do gosto dela, o som do gemido abafado no meu pescoço, o seu peso no meu colo, a coragem absurda nas mãos quando ela me despiu.
Meu Deus. Ela tinha me desarmado por completo.
Uma parte de mim, a parte animal e idiota, só queria correr de volta pro corredor, arrombar a porta dela e repetir tudo, de novo e de novo, mas em uma cama dessa vez, com tempo, com luz, explorando cada centímetro daquele corpo que eu tinha visto à meia-luz.
A ideia de tê-la completamente, de poder devorá-la sem pressa, me deixou com uma tensão quase dolorosa.
Mas a outra parte, a que tinha jurado protegê-la minutos antes, deu um soco no meu estômago. Seu marido… ex… não sei. Sabia que ele era perigoso, do tipo que não larga um osso, muito menos uma mulher que ele ainda considerava posse.
Se el