Acordei com um leve sobressalto, o coração meio acelerado, e foi só então que percebi onde estava. Escorada... no peito do Alessandro. Pisquei algumas vezes, confusa. Desde quando eu tinha dormido? Me afastei rápido, ajeitando o cabelo bagunçado.
— Desculpa... eu nem percebi que... — comecei, ainda meio sonolenta.
— Você não precisa se desculpar — ele falou, com aquela voz baixa e rouca. — Só precisa ir pra casa descansar um pouco. Você tá exausta, Larissa.
Balancei a cabeça, me ajeitando na cadeira.
— Não, não. Eu tô bem — esfreguei os olhos, tentando afastar o cansaço. Quando olhei pela janela, o céu já estava claro. Merda. Peguei o celular e vi a hora: 5h57.
— Vai amanhecer... — murmurei.
Olhei pro Alessandro. Ele também parecia cansado. As olheiras, a barba por fazer, a postura mais caída do que o normal.
— Você precisa ir trabalhar — falei, puxando ele de volta pra realidade. — Tem empresa, reunião...
Ele assentiu devagar. — Tenho sim. Reunião com o Diogo.
Virei o rosto pra ele,