Olhei pra trás e vi o garoto tentando disfarçar a alegria, mas era impossível não perceber o sorriso estampado e senti meu peito se aquecer.
— Acho perfeito. — falei, inclinando-me e roubando um beijo dele. — Você vai adorar esse tempo juntos.
— Já tô adorando. — ele murmurou contra os meus lábios, antes de me soltar.
Virei-me para Lucas e toquei de leve no ombro dele.
— Até mais tarde, garoto. Se cuida e não deixa teu pai te encher de bobagens, viu?
Ele riu baixinho.
— Pode deixar. Tchau, Alice.
Abri a porta e desci, respirando fundo antes de me despedir com um último aceno. Entrei na empresa, cumprimentando distraidamente a recepcionista, e segui até minha mesa. Assim que fechei a porta e me sentei na cadeira, o peso voltou todo de uma vez.
Soltei o ar devagar, passando as mãos pelo rosto. O nervosismo que o almoço tinha amenizado retornou como um soco no estômago. Tinha decidido ir amanhã de manhã ver meu pai e só de pensar, meu coração já disparava.
Olhei para a pilha de papéis