Leon largou tudo no chão e correu para a sala, o coração apertado. Encontrou Jéssica sentada no sofá, o rosto afogado nas mãos, os ombros tremendo. Ao lado dela, alguns papéis de desenho amassados e um lápis com a ponta quebrada em três pedaços minúsculos.
_ Amor, o que aconteceu?, ele perguntou, ajoelhando-se à frente dela, a voz suave.
Jéssica ergueu a cabeça, os olhos inchados e vermelhos.
_O lápis! Ele quebrou, Leon! Três vezes! Eu só queria terminar esse projeto e... e ele quebrou!, ela desabafou, apontando para os cacos de grafite, como se fossem os responsáveis por toda a dor do mundo.
Leon sentiu um misto de alívio e uma pontinha de incredulidade. Ah, as variações de humor que o médico havia mencionado. "Tenha paciência, Sr. Leon, é normal nessa fase", a voz do médico ecoou em sua mente. Ele respirou fundo, afastando qualquer traço de frustração.
_ Oh, meu amor, ele disse, estendendo as mãos para segurar as dela.
_ É só um lápis. Amanhã mesmo eu compro uma caixa