Ele veio na minha direção e eu me encolhi na cama. Ele me sacolejou os braços. Estava fora de si.
  — Se me trair com o meu filho, eu te mato, Juliette! Não brinca comigo, garota!
      Ele me soltou e deixou as marcas das suas mãos na minha pele.
  — Seu grosso, estúpido! Eu odeio você, mais que tudo nessa vida!— Meu desabafo, antes do choro.
       Romeu me olhou, já arrependido.
  — Eu não sei o que faço com você, Juliette! Eu não sei lidar com você, é isso! Você é rebelde!
  — Eu não sou falsa como a falecida!— eu gritei.
       Quase apanhei. Faltou pouco!  Romeu fechou os punhos, estava ofegante e os olhos brilhavam faiscantes. Eu arqueei o meu corpo para trás, enquanto ele vinha se inclinando sobre o leito.
  — Não fale da minha mulher, sua pirralha mimada!
  — Sua mulher sou eu! İnfelizmente, sou eu!— O soluço confundiu-se com as minhas palavras sofridas.
       Romeu ficou sem argumentos e baixou a guarda. Ele voltou o corpo e se recompôs, depois disse:
  — Tem razão. V