Arthur ficou surpreso e deu um passo para trás, mas ainda conseguiu ser sarcástico:
— Isso quem decide é ela, pai! Pode acreditar, ela tem tanta certeza que eu sou o mascarado misterioso, que nunca duvidou diante das evidências.
Romeu entristeceu e olhou para a escada decidido.
— Vou subir e falar com ela.
— E para quê? Não sabe o estado em que a deixou! Ela já deve estar dormindo!
Romeu não se deu por convencido e avançou para as escadas.
Em vão, Arthur tentou evitar.
— Pai, espere! Não vá, por favor!
Romeu chegou no meu quarto e entrou sem acender a luz. Eu dormia profundamente e não percebi. Ele acariciou os meus cabelos, sentado à beira da cama, e ficou ali algum tempo, até que se retirou, indo para o seu quarto.
Arthur vinha no corredor e parou para o interrogar:
— Conseguiu falar com ela?
Sem parar de andar, Romeu respondeu:
— Não, mas amanhã vou falar claramente durante o desjejum.
Arthur ficou boquiaberto, v