— Casar?— Eu pensei não ter ouvido direito.
— Isso mesmo, Juliette, casar!— Arthur insistiu.
— Não, casar não!
— Por que não, Juliette?
Eu fiquei confusa e levantei, me sentando na cama com dificuldade.
— Eu não sei, Arthur. Eu sou mulher do seu pai!
Arthur riu compreensivo e segurou a minha mão, elevando para os lábios.
— Não precisa ser mulher dele para sempre! Você pode se divorciar.
Sim, eu entendia que um divorcio seria inevitável, mas ser mulher de outro homem, para mim, era inadmissível.
— Não posso, Arthur!
Arthur tentou ser paciente.
— Por que, Juliette? Meu Deus, o que tem de tão terrível nisso? Eu sou o pai do seu filho! Precisa de um motivo melhor?
Eu estava atordoada, olhava em volta, enquanto falava como se fosse um robô.
— Eu não consigo imaginar outro homem me tocando, Arthur, não consigo!
Arthur me envolveu com os seus braços carinhosamente, para que eu me acalmasse.
— O meu pai não foi o primeiro, Jul