A manhã começou mais leve. Luna acordou cedo, fez café e preparou panquecas. Mesmo na mansão silenciosa e fria de Caio, ela começava a adicionar pequenos sinais de vida em alguns cômodos. Trocava cortinas pesadas por tecidos claros, colocava flores frescas nas jarras esquecidas, e deixava pequenos toques seus pela casa. Era sutil — mas presente.
— Isso é novo — ele disse, entrando na cozinha com o cabelo bagunçado e os olhos ainda meio sonolentos.
— É só café e panquecas — ela sorriu.
— Não. Tô falando da sensação — ele chegou perto da bancada e a observou. — De normalidade.
Luna se virou para ele, surpresa.
— É ruim?
— É assustador… porque parece bom demais pra durar.
Ela caminhou até ele e colocou a xícara de café em sua mão.
— Então aproveita, Caio. Antes que vire só mais uma memória.
Ele a puxou pela cintura com delicadeza e a fez sentar-se em seu colo, ali mesmo na cadeira adaptada.
— E se eu não quiser que isso vire só memória?
Ela encostou a testa na dele, fechando os olhos.
Po