Amélia Moreira
Juntei-me a Inácio e Xz no café da manhã, mas me senti completamente de fora da conversa deles. Eram sussurros sobre negócios, termos que eu não entendia e olhares sérios que pareciam me excluir propositalmente. Eu odiava me sentir assim.
— Tô saindo, volto mais tarde — Inácio falou, levantando-se abruptamente, sua xícara de café já vazia. Xz também se levantou, pronto para segui-lo.
— Espera aí! Onde vocês vão? Posso ir? — perguntei, a urgência em minha voz era clara. Não queria ficar sozinha novamente naquela casa enorme.
Inácio me encarou, o olhar frio.
— Não. Você fica aqui, quietinha. — A voz dele era de quem não aceitaria discussão.
— Ah, não! É muito chato ficar aqui sem fazer nada, ainda mais sozinha! Me deixe ir com você! Prometo que vou me comportar — implorei, tentando usar meu melhor olhar de cachorrinho abandonado.
Ele parou para pensar, e eu prendi a respiração. Xz não falava nada, sequer me cumprimentou hoje, o que já era estranho. Sua expressão era géli