Amélia
Desci as escadas. Eram quase oito da manhã, e eu havia acordado sozinha na cama. Ao ir para o banheiro, encontrei no cesto uma blusa de Inácio coberta de sangue. Olhei para a blusa e me perguntei o que havia acontecido dessa vez e como ele tinha conseguido aquilo. Decidi me arrumar com calma, pois não iria julgá-lo antes de saber de todos os fatos, embora minha intuição me dissesse que coisa boa eu não ouviria de sua boca.
Depois de me vestir, ainda calma, comecei a procurar por Inácio. Primeiro, parei para tomar café, pois precisava estar de estômago cheio. Afinal, saco vazio não para em pé. Procurei por ele em todos os lugares, até que decidi ir ao quarto de Xz. Pelo que eu soube, ele estava dividindo o quarto com X9. Eu não queria encontrá-lo, mas já que não teria outro jeito...
Dei duas batidinhas na porta antes de entrar. Foi nesse momento que tive a pior visão da minha vida. X9 — não Xz, eu já conseguia diferenciá-los, principalmente pelo corte de cabelo — tinha duas gran