Serafina
Vejo Anton olhar para aquelas pessoas ocupando todo o espaço do nosso pequeno lar.
- Isso não vai dar certo. - Ele levanta da cama onde estamos sentados como se fosse um sofá e estende a mão. - Vamos para a nossa casa.
- Estamos em casa.
- Ele quer dizer que cansou de ser mendigo. - A mãe dele fala com um sorrisinho para o filho.
Confesso que é estranho pensar na casa do Alfa como nossa casa. Mas não digo nada, apenas pego sua mão e levanto. Ele está certo, o apartamento ficou pequeno demais para tanta gente.
Divididos nos carros dos meus pais e dos pais de Anton, seguimos para floresta.
Minha amiga surtou vendo a propriedade pela primeira vez. Para mim também é emocionante estar em algo que desenhei. É uma sensação incrível.
— Você já sentia que seria a dona dessa casa quando projetou? — Nania pergunta admirando o que a vista permitia de onde estávamos.
- Nem imaginava que um dia entraria aqui - respondo.
— Foi você que desenhou essa casa, filha? — Ralf per