Capítulo 26.

O quarto estava mergulhado em uma penumbra carmesim, as luzes da cidade piscando através das cortinas semiabertas, como se testemunhassem o espetáculo sombrio que ali se desenrolava. Os corpos de Isaac e Sofia estavam novamente entrelaçados sobre os lençois bagunçados, movendo-se com uma sincronia animalesca e selvagem.

O cheiro de cigarro, suor e vinho impregnava o ar. A cama rangia sob o peso dos dois, mas nenhum deles se importava com discrição ou limites. Estavam mergulhados em um tipo de luxúria que ultrapassava o físico — era sobre domínio, ego, guerra.

Isaac a puxava pelos quadris com força, enterrando-se nela com estocadas rítmicas, marcadas por gemidos abafados e ofegos cravados na pele. Sofia se contorcia debaixo dele, arranhando suas costas, deixando rastros vermelhos por onde passava.

— Você é mesmo um animal — ela sussurrou entre dentes, com os olhos semicerrados, sentindo cada centímetro dele a invadir como se fosse a última vez.

— Não é isso que você quer? — ele grunhiu
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