AYLA
.
.
Eu caminhei sem rumo, guiada apenas pela necessidade de encontrá-lo. O bosque se estendia diante de mim, silencioso e misterioso, como se esperasse por algo. Meu coração pulsava de forma errática, e cada passo parecia um convite ao desconhecido.
Ao alcançar um banco de madeira entre duas árvores, minhas pernas cederam, e eu me sentei pesadamente. Minhas mochilas escorregaram para o chão, mas eu nem me importei. Enterrei o rosto entre as mãos e deixei que as lágrimas caíssem livremente.
Eu estava sozinha. Perdida. Sem rumo.
O que eu faria agora? Como poderia me virar em um país desconhecido, sem família, sem apoio? Caio havia sido a minha segurança temporária, mas agora eu sabia que não podia me apoiar nele. Ele nunca entenderia a tempestade dentro de mim.
E Azrael...
Meu peito doía ao lembrar do olhar dele. O choque. A mágoa. A decepção.
Eu o vi. Eu o ignorei. Eu o perdi.
Meus soluços se tornaram mais intensos. Tudo dentro de mim gritava arrependimento. O