AZRAEL
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Eu os observei, cada movimento calculado, cada palavra impregnada de desejo e manipulação.
Ela ousou propor o impensável. Se entregar a ele, como se eu, Azrael, não fosse nada além de uma sombra em sua mente. Um mero obstáculo a ser superado.
O vento ao meu redor começou a ganhar força, rugindo como uma fera que se liberta de suas correntes. Meu poder se manifestava, uma tempestade em ascensão, meus olhos fixos naquela cena de traição.
— Como ele ousa? Como Daniel, um mortal insignificante, ousa me desafiar?
Com um grito de fúria que ecoou como um trovão, a ventania cresceu. Árvores balançaram violentamente, folhas se soltaram e voaram, e eu vi o medo nos olhos dela, ainda que tentasse escondê-lo. Mas Daniel... ah, Daniel. Ele estava diferente. O pavor havia sido substituído por algo mais: Arrogância. Ele acreditava que poderia me desafiar, que poderia tomar Ayla para si sem sofrer as consequências.
Eu jamais deixaria que ele tocasse no corpo dela como eu tocava, muito m