Promessa fria

Melody acordou com os dentes batendo, como se seu próprio corpo tentasse avisá-la que o mundo havia mudado de fase durante a madrugada. Estendeu a mão para fora do cobertor e recolheu num espasmo involuntário. Frio cortante, seco e traiçoeiro.

Saiu do carroção encolhida, abraçada a si mesma. O dia ainda não havia começado, mas o campo já estava acordado — e coberto de branco. A geada dominava tudo: a vegetação rasteira, os galhos tortos dos arbustos, até as bordas dos chapéus pendurados. O céu ainda era cinza escuro, e o silêncio carregava aquele tipo de peso que só existe antes da primeira luz. Um silêncio espesso, cheio de presságios.

Os peões se reuniam ao redor de uma fogueira baixa, corpos curvados, mãos estendidas em busca de calor. O fogo ardia com dificuldade, lançando mais fumaça que chama, como se lutasse contra o próprio ar gelado. Duncan estava entre eles, sentado num toco de madeira com a postura cansada, as mãos diante do fogo, os olhos vigilantes. Olhava para o gado, de
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