A travessia

Ainda era começo da tarde quando Duncan emparelhou o cavalo ao de Billy e disse, sem rodeios:

— Vai na frente. Leva o baio. Quero saber como está o açude antes que a gente chegue lá.

Billy assentiu com um leve puxar de queixo, virou o cavalo e partiu no trote rápido que logo se tornou galope. O sol estava alto, mas a luz já começava a perder o brilho — o tipo de hora em que as sombras se alongam e os problemas vêm atrás delas.

Duncan permaneceu calado por um tempo, os olhos fixos na linha do horizonte. Melody não perguntou nada. Ninguém perguntou nada. O silêncio do patrão era aviso suficiente.

O gado marchava em ritmo firme, mas o cansaço da viagem já se acumulava nos ombros dos peões e nas ancas dos bois. Alguns mugidos soavam mais longos, mais lentos. Os cascos levantavam menos poeira.

Billy voltou no meio da tarde, galopando com pressa, o rosto suado e sombrio.

— Tem água — disse assim que parou, sem desmontar. — Pouca. Rasa. No fundo do leito. Mas tem um coiote morto lá dentro. G
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