Quando o martelo do leiloeiro bateu pela última vez, foi como se alguém tivesse estalado os dedos e quebrado um feitiço. No dia anterior Belmonte, fervilhava com o cheiro de poeira, suor e dinheiro. Hoje voltou a ser... Belmonte. Uma cidade pacata, preguiçosa, quase sonolenta.
O gado havia embarcado no trem na tarde do mesmo dia. As carroças visitantes já começavam a seguir de volta para suas cidades rangendo estrada afora, e até os fofoqueiros da praça pareciam ter esquecido como se fala, havia pouco assunto agora.
Como se, por mágica, tudo tivesse voltado pro seu lugar — ou ao menos fingindo que sim.
Duncan ajeitou o chapéu e seguiu pra estação. Precisava comprar o bilhete de Melody.
Odiava mais que tudo que ela fosse embora, mas a decisão era dela... ele havia prometido e isso deveria ser suficiente.
Só que, agora, sem o peso do leilão turvando os eventos da cidade, percebeu uma coisa que antes parecia só uma pulga na nuca: os homens da bilheteria ainda estavam lá.
Parados, tentan