O corpo de Melody reagiu antes da mente. O instinto gritou: corra.
Mas ela não estava sozinha. Tinha Rose presa ao peito. Não podia simplesmente disparar.
Ela girou o corpo, varreu o ambiente com os olhos e viu a única saída possível: a árvore.
O carvalho branco. Galhos baixos. Tronco grosso. Casca rugosa. Refúgio improvável.
Segurou Rose com mais firmeza. E correu.
O puma veio no mesmo instante, deslizando rente ao chão, o corpo como uma flecha viva.
Ela alcançou o tronco. Subiu um pé. Se impulsionou.
O impacto veio.
As garras acertaram sua perna, abrindo cortes quentes em sua panturrilha, feroz. O vestido se rasgou. O sangue escorreu em jorros. Ela gritou, mas não soltou a menina.
Rose acordou chorando, o rosto colado ao peito da jovem. Melody prendeu o choro na garganta, agarrou o galho mais baixo com as duas mãos e forçou o corpo para cima.
— Shhh... tá tudo bem, minha pequena... — sussurrou com a voz presa nos dentes, sem acreditar na própria mentira, os dedo escorregando.
O puma