A batida do funk estava pesada no ambiente, pulsando em cada canto da quadra, e o calor da noite se misturava com a energia frenética das pessoas. Gabriela estava ao meu lado, se entregando à dança com aquela facilidade que me deixava intrigada. Ela se movia como se o mundo fosse dela, sem medo, sem restrições. Eu, por outro lado, me sentia mais observadora, ainda processando o que estava acontecendo ao meu redor. A música estava começando a me envolver, e aos poucos fui deixando a tensão se dissipar, meu corpo relaxando ao ritmo da batida.
O copo de morango com vodka na minha mão se tornou meu aliado na tentativa de quebrar o gelo. O gosto doce da bebida misturado com o efeito do álcool fazia tudo parecer um pouco mais fácil. Eu nunca imaginei estar ali, no meio desse mundo barulhento e intenso, mas de alguma forma, naquele momento, me senti viva, parte de algo. A liberdade daquela noite, a energia das pessoas, tudo parecia conspirar para que eu me esquecesse do resto.
Foi quando G