281. A “ASTÚCIA” DA INNA
NARRADORA
Inna observava escondida atrás de alguns arbustos a caravana que descansava no desfiladeiro, entre dois penhascos.
Aqueles eram os limites do pântano, ela estava a um passo de escapar.
Agora, precisava arranjar um jeito de ir embora com aqueles comerciantes de outra matilha.
Tinha que conseguir fisgar algum deles, principalmente para que a colocassem em uma nova matilha, porque naquele momento, ela se considerava uma loba errante.
O reino tinha melhorado em relação à escravidão, mas isso não significava que nos lugares ocultos e perigosos ainda não acontecessem negócios privados.
Era melhor enganar algum tolo do que acabar sendo uma escrava humilhada.
Observou os lobos rudes que se sentavam ao redor de uma fogueira, comendo a caça que haviam abatido.
Falavam alto, riam e faziam as contas das vendas.
Inna fixou o olhar em um jovem que parecia meio inexperiente e impaciente.
No máximo teria uns vinte anos, parecia um filhote até ontem mesmo, mas esse era o alvo ideal.
— Ei, Ca