NARRADORANo fundo da caverna, onde antes havia uma parede de gelo, agora existia uma passagem escavada numa gruta.Um corredor sinuoso que levava ao que parecia ser uma floresta cheia de pinheiros.O cheiro de madeira, frescor e neve se espalhava numa brisa que os transportava para um bosque invernal.— Aidan, ele está bem?Anastasia de repente saiu do transe e olhou para Cedrick e Raven, que estavam com o filhote.O Rei o carregava, e Raven acariciava seus cabelos com o rosto angustiado.— Ele consumiu energia mágica demais e, além disso, agora seu lobo de inverno, Theo, é quem está sustentando a outra barreira, de forma temporária.— Alfa do pântano, não tem mais nada a temer. Seu pacto já não tem efeito, e o silêncio não é mais necessário — Dalila explicou.Até ela tinha sido surpreendida pela ação do príncipe.Quanto poder aquele filhote guardava dentro de si?A magia hoje foi tão poderosa que tomou controle e autonomia do próprio corpinho.Isso era algo prodigioso, mas ao mesmo
NARRADORA— Eu... antes de tudo, estou muito feliz que vocês estejam bem e tenham conseguido sobreviver.Cedrick falou emocionado, e sua sinceridade era sentida enquanto ele observava o homem ancestral, de cabelos brancos e uma barba discreta igualmente branca.— Em segundo lugar, as coisas mudaram. Eu sou o atual Rei do reino...— Um homem do inverno? Você acha que sou um idiota? As Centúrias jamais permitiriam uma coisa dessas! — Aaron já começou a desconfiar.Era bom demais pra ser verdade.— Não estou mentindo, Druida. Suponho que seja o bruxo do clã.— Sou sim.— Ótimo — Cedrick assentiu, organizando as ideias.— Sei do seu ódio e rancor pelas Centúrias, mas as coisas não são mais assim. Eu sou o Rei Alfa. Meu nome é Cedrick, e minha Rainha, Raven, é uma Alfa Centúria.— Nós nos amamos. Ninguém me obrigou, ninguém me escravizou. Ninguém quer prender vocês. Esses tempos sombrios acabaram.— A nova geração de Centúrias só quer viver em paz. Não sei como vocês vivem aqui, nem sequer
NARRADORA— Digo o mesmo. Já se olhou no espelho pra achar que é tão irresistível assim? — Dalila apontou para ele com seu cajado e a testa franzida.Co cofCedrick tossiu ao lado, lançando um olhar disfarçado para a Centúria.Será que o objetivo não era fazer amizade?— Acho que já encontramos o primeiro casal gelo e fogo — Hakon bufou ao lado.— As coisas mudaram. Sei que não acredita em nós, mas olhe — este é seu sucessor, um filhote do inverno que eu mesmo trouxe ao mundo com minhas próprias mãos.— A mãe dele é uma Centúria. A maior prova de que não estamos mentindo — Dalila apontou para Aidan.Então Aaron fixou os olhos nele. É claro que o reconhecia. Um Homem do Inverno nascido de uma Centúria?Era inacreditável. Só o amor verdadeiro poderia ter feito isso.— Venha cá, filhote. Não tenha medo. Deixe-me ver você de perto — agachou-se, abaixando a postura e chamando Aidan com um gesto.Cedrick o pegou pela mão e o levou até o Druida.— Tão poderoso... é incrível. E você também ca
NARRADORA— Ei, esse vestido vermelho fica melhor em mim…— Muda de cor, mulher! Você vive de vermelho! Ser uma Centúria não significa que só pode usar vermelho!...— Me passa o bálsamo labial.— Meninas, como se usa esse espartilho? Sério que tem que vestir isso? Já tô sufocando só de olhar…A casinha de Clárens estava um caos.Ela apenas observava de canto, divertida, aquelas Centúrias duronas.Todas mulheres altas, poderosas, nascidas para serem guerreiras — e se podia dizer até pouco femininas.Mas essa era apenas a impressão passada pelas armaduras pesadas.Quando aqueles corpos sensuais entravam no vestido certo, com maquiagem sutil e cabelo arrumado, eram capazes de flechar o coração de qualquer lobo.Aqueles Homens do Inverno nem imaginavam o que os aguardava.Assim, dividiram-se em grupos, e as lobas do pântano emprestaram vestidos e acessórios para ajudá-las a se arrumarem para o encontro.Nem todas eram antipáticas, e se havia algo que as fêmeas daquela matilha sabiam bem,
NARRADORA— Vamos para o pântano. Acho que lá vocês poderão conversar melhor.Cedrick caminhava ao lado de sua Rainha e a abraçou de forma possessiva.Machos demais para o seu gosto.Aaron assentiu, observando a Alfa Centúria com curiosidade. Ela era a mãe de seu sucessor.— Meu nome é Raven, e posso prometer que ninguém aqui quer escravizar vocês. Tudo será feito em comum acordo. Eu também fui escrava um dia… nunca permitiria algo assim.Apesar da desconfiança ainda presente nos corações, os enormes homens de cabelos brancos começaram a se aproximar, sutilmente, de suas Centúrias favoritas.Nem todos eram companheiros destinados e alguns rostos mostravam decepção. Mas, mesmo assim, as Centúrias se animaram, inspiradas por seus monarcas.Eles também não eram mates originais e, mesmo assim, formavam um par perfeito.Elas lançaram olhares aos homens do inverno que haviam ficado sozinhos, meio desorientados.*****O pântano nunca esteve tão animado.Alguns moradores locais protestaram, m
NARRADORA— Ah, Luna, estava te procurando? Espera só um segundo…Clárens correu ao ver Anastasia se aproximando das panelas.O caldo ainda estava fumegante na tigela, então pegou as ervas que havia picado e as espalhou por cima, deixando tudo com um aspecto apetitoso.— Hmm, esse caldo ficou de lamber os dedos — disse ela, tomando grandes goles da tigela. — Obrigada, Clárens. Você… por que tá cheirando tanto a macho?Ana se aproximou e a cheirou.— Eu… eu… encontrei meu companheiro — respondeu envergonhada, abaixando o olhar.— Ah, para! Acha que alguma Centúria vai se incomodar só porque ele é um Homem do Inverno?— Boba, quem vai se irritar com isso? Parabéns, Clárens. Espero que ele seja um bom homem, que cuide bem de você e do seu filhote.— Você merece. Só avisa seu tio amanhã, porque ele é bem capaz de desafiar seu macho agora mesmo pra ver se ele é digno de você.Anastasia sorriu e colocou a mão no ombro dela.— E você também merece ser feliz, Luna. Desculpa a ousadia, mas ach
NARRADORAHakon não entendia por que sua Luna o tinha feito levá-la, no meio da madrugada, até a ilha onde ficavam os portais.Anastasia estava brincalhona e sorridente.— Vem, não seja covarde, vamos!Ela o olhou com fogo nos olhos de esmeralda e começou a correr como uma menina, se embrenhando na floresta, levantando uma trilha de vagalumes por onde passava.Hakon sorriu e a seguiu — a seguiria até o fim do mundo sem questionar.Anastasia o levou até a caverna escura e se enfiaram pelos corredores em penumbra até o portal que levava ao Continente da Feitiçaria.— Ana, o que você tá fazendo?Hakon a olhava estarrecido quando ela começou a se despir.— Ouvi dizer que os Homens do Inverno vivem nessas montanhas nevadas remotas. Aqui não há perigo. Não quer explorar?E Hakon a viu se transformar numa linda loba Beta que se aproximou dele.Ele se abaixou, acariciou seu focinho e as orelhas, abraçando-a contra o peito e afundando o rosto no pescoço peludo e macio de sua fêmea.— Onde está
HAKONEu tinha a mulher da minha vida sobre mim, excitada, me beijando com paixão e disposta a cometer as mais loucas loucuras comigo.A primeira de todas, era fazer amor e marcá-la, nestas terras perigosas e desconhecidas.A adrenalina corria em nossas veias, levando a luxúria a outro nível.O forno entre seus lábios vaginais abertos massageava de cima a baixo meu pau duro, deixando rastros de paixão viscosa enquanto Anastasia se esfregava no meu abdômen e dois dos meus dedos penetravam dentro e fora do seu cu dilatado.Quero montá-la tão malditamente que estou ficando louco, e ao que parece, ela também.Ela para de me beijar, ofegando, um fio de saliva unindo nossos lábios enquanto nos olhamos com os olhos de nossos lobos.— Mmm, tira os dedos... vamos tentar algo melhor — ela diz, e eu liberto sua entrada apertada.Seguro suas cinturas tentando me erguer, mas ela me empurra de volta ao chão.— Tks, tks, esse é o meu presente pra você. Eu vou fazer tudo, amor.Ela piscou pra mim sed