Capítulo 34
 Do lado de fora, o vento começou a uivar entre as árvores, carregando um som que não era totalmente natural.
 — E se ela falhar? — Cael perguntou, suas mãos formando punhos.
 Moira olhou para a janela, onde as primeiras estrelas começavam a aparecer.
 — Então eles levarão não apenas ela, mas tudo o que ela tocou. Incluindo você.
 Cael não precisou perguntar quem eram "eles". A presença que sentira no porão – aquela inteligência antiga e impessoal por trás dos revenants, era a mesma que agora farejava nas bordas de seu território.
 Ele curvou-se sobre Aurora, seus lábios próximos a seu ouvido.
 — Lute, minha Luna, — ele ordenou, sua voz uma mistura de comando e súplica. — Porque eu não vou deixar você ir sem lutar também.
 E lá fora, o vento uivou novamente, como se rindo de sua arrogância.
 ***
 O mundo dos sonhos de Aurora era um vale envolto em névoa prateada, onde a lua brilhava eternamente cheia no céu. Seus pés descalços afundavam na grama macia e fria, cada fol