Vinicius
Cheguei à casa de Ernesto com o coração acelerado e um suor frio escorrendo pela testa. Ao entrar na sala, o vi sentado no sofá, me observando com um misto de curiosidade e preocupação. O meu primo e confidente está acostumado a me ver vagando pela casa dele como uma alma penada. E ele sabe que quando tenho um problema, sério ou não, é a ele que recorro, e sua casa é meu primeiro refúgio.
Sem perder tempo, peguei a garrafa de conhaque que sempre guardava no bar, sentindo a minha mão tremer levemente enquanto deixava o líquido dourado encher o meu copo, quase sem pensar no que estava fazendo.
— O que aconteceu? Perguntou Ernesto, com a voz calma, quase imperturbável diante do meu óbvio desespero.
— Aquele maldito Magnus, ele armou uma armadilha para mim, ele armou uma armadilha para mim. Respondi, deixando a angústia escorrer pelos meus lábios junto com o álcool escorrendo pela minha garganta. Cada gole parecia aliviar a tensão, embora eu soubesse que era apenas um alívio temp