Aquela mulher disse isso mesmo pra mim. Eu não conseguia acreditar. A perua resolveu mostrar as garras — e ainda achava que eu teria medo? Mal sabia ela que, se eu quisesse, era eu quem sabia causar o medo. A assistente dela bem sabia disso. Se não fosse por Omar, eu já teria fincado minhas unhas na garganta daquela mulher.

Mas não podia. Não podia dar um escândalo. Não podia mostrar meu lado mais selvagem. Ao lado de Omar, uma mulher como Sun jamais ousaria admitir algo assim, muito menos falar diretamente na minha cara. O golpe com a água foi certeiro. Ela quis me colocar no meu lugar — como se eu fosse apenas a assistente, a empregada, alguém que deveria correr atrás e satisfazer os caprichos dela. E não a namorada dele.

E era por isso que eu não queria que nosso relacionamento fosse público. Porque aos olhos dos outros, sempre seria isso: chefe e assistente. E para todos, isso seria demais. Só que, aqui dentro, no meu coração, tudo que eu queria era que fosse normal. Eu não queria