Havia algo de nostálgico em atravessar aquela porta, como se cada passo me puxasse para um lugar que eu não queria, mas também não conseguia evitar. A tensão começou a tomar conta de mim; as mãos úmidas, a respiração curta e acelerada. Apertei o punho, tentando conter o medo irracional de que algo pudesse acontecer.

Tudo ao redor de Omar parecia carregar um peso invisível, sufocante, que me deixava inquieta. Mas eu precisava ser forte — afinal, aquele era o meu trabalho. Pessoas influentes e absurdamente ricas estariam ali, e cabia a mim organizar cada detalhe, decidir onde cada peça ficaria. Curiosamente, tudo fluía como se eu tivesse feito isso a vida inteira, embora fosse a primeira vez. No final, tudo correu bem.

Permaneço atenta, circulando pelo espaço, monitorando cada movimento, ajustando tudo para que estivesse perfeito antes que ele cruzasse aquela porta. Omar estava fora, e isso deveria me tranquilizar. Afinal, nada de ruim aconteceria, certo? Não que ele fosse um homem peri