Rosemary
Casa de Emílio, 2:30 da tarde
— Abre logo a merda desse portão, senão eu volto com a polícia. Acho que o embuste do seu patrão não vai querer escândalos.
Digo, batendo no portão de forma impaciente.
— Eu vou ver se o chefe quer te atender, moça.
Responde o segurança pelo interfone.
O desgraçado do meu ex mandou alguém roubar todo o dinheiro que eu tinha no banco.
Estou só com o dinheiro de pagar o Uber para voltar para a pensão.
O portão se abre.
Não perco tempo e entro.
A casa é luxuosa, com um jardim bonito.
Se o idiota já se achava um rei quando morava em um apartamento no Leblon, agora deve estar se sentindo um imperador.
Ao entrar, vejo Emílio com a cobra da namorada.
— Boa tarde, Rose. Quer um café?
— É melhor mandar a cozinheira preparar uma marmita com os restos de comida. A coitada está sem um tostão. Está precisando de uma esmola, mendiga?
Britany diz com arrogância, me encarando como se eu fosse uma barata.
— A ideia de roubar o meu dinheiro foi sua, desgraçada?
Mi