Após o almoço, Gabriel se ofereceu para deixar Elana em casa. Ela relutou, arrumou algumas desculpas, mas nenhuma que fizesse Gabriel mudar de ideia.

Após o almoço, Gabriel se ofereceu para deixar Elana em casa. Ela relutou, arrumando algumas desculpas — o metrô estava logo ali, ela precisava de ar fresco, não queria incomodar —, mas nenhuma foi suficiente para fazer Gabriel mudar de ideia. Ele insistiu com aquele sorriso teimoso que ela conhecia tão bem, o tipo que dizia que ele não aceitaria um “não” sem uma boa briga.

— Vamos lá, Elana. — disse ele, enquanto caminhavam até o carro estacionado a poucos quarteirões do restaurante. — Não é como se eu fosse te sequestrar. Só quero garantir que você chegue em casa sem ser vítima de mais um poeta maluco do metrô.

Ela revirou os olhos, mas acabou cedendo, rindo enquanto ajustava a bolsa no ombro.

— Tudo bem, mas só porque estou com preguiça de discutir com você.

Eles entraram no carro, um sedã preto que parecia combinar com a imagem