O sol dourado se espalhava pelo campo aberto da antiga fazenda onde vivi com Henry e Margaret. As madeiras rangiam sob os meus pés enquanto caminhava devagar pela varanda, sentindo o cheiro da terra úmida de madeira envelhecida, como se cada partícula de ar daquele pequeno espaço estivesse impregnada com lembranças preciosas.
Atrás de mim, Lian corria descalço pela grama alta, seus cabelos pretos ao vento, os olhos brilhando de alegria. Ele era tão cheio de vida, tão puro… e mesmo assim, cada pequeno traço dele me lembrava aquele alfa.
Sentei no degrau desgastado, próximo à cadeira de balanço onde Margaret gostava de bordar nos fins de tarde. Meu coração apertou, e meus olhos se encheram com uma emoção agridoce. Eu estava ali para me despedir deles, de vez, e, ao mesmo tempo, tentando manter viva cada parte que eles deixaram em mim.
— Mamãe! — Lian gritou ao longe, correndo com uma flor amarela nas mãos. — Essa é para você!
Sorri, sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos de no