O sol da manhã se infiltrava pelas cortinas do apartamento de Eva, lançando uma luz dourada sobre o pequeno espaço. Eu estava sentada no sofá, uma xícara de chá entre as mãos, sentindo o calor reconfortante do líquido, mas incapaz de realmente aproveitá-lo. Meu corpo parecia exausto, minha mente um labirinto de pensamentos conflitantes.
— E então? O que pensa em fazer agora? — Eva quebrou o silêncio, sua voz suave, mas carregada de preocupação. Ela se sentou ao meu lado, cruzando as pernas e me observando atentamente.
Abaixei a cabeça, meus dedos deslizando distraidamente sobre a porcelana da xícara. Eu deveria ter uma resposta para essa pergunta. Eu deveria estar aliviada, feliz por finalmente estar livre de Damian e de tudo o que ele representava. Mas a verdade era que a liberdade não parecia tão doce quanto eu imaginava.
— Não pensei muito sobre isso ainda, mas é certo de que vou levar meus avós comigo — murmurei, sem olhar para ela. — Não posso fugir e deixá-los, preciso tirá-los