Assim que Rangel postou a foto, uma imagem espontânea de Dante sorrindo, segurando um brinquedinho, os comentários começaram a pipocar quase que instantaneamente. Corações, emojis de carinha derretida, “coisinha linda!”, “a cara do pai!”, “não aguento!”, e entre eles, nomes conhecidos… e um em especial.

Lipe visualizou, mas não curtiu. Não comentou. Só viu. E pouco depois, o status dele, que Rangel também podia ver, atualizou com uma frase enigmática:

“Cada um mostra o que tem. Outros vivem o que não sustentam.”

Rangel riu sozinho, com o celular ainda na mão.

— Meu post ta incomodando em… — murmurou, meio satisfeito.

Tayanara, do quintal, ouviu e entrou com as mãos ainda molhadas da limpeza.

— Quem?

— Lipe. — ele respondeu com um sorriso enviesado.

— Viu a foto. Nem curtiu. Depois postou indireta.

Ela ergueu uma sobrancelha, pegando o pano para secar as mãos.

— Ah, então funcionou, né?