APRIL
Não consigo ir atrás do covarde desgraçado, pois Gabriel chora de dor
Caí de joelhos ao lado dele, o coração disparado no peito ao vê-lo tão frágil. Sua cabeça ensanguentada repousava sobre minhas pernas, a respiração rasa, o rosto marcado pela dor. Ele estava à beira da inconsciência, e o medo me dominou por inteiro.
— Ei… olha pra mim — minha voz tremeu, enquanto eu acariciava seu rosto sujo de sangue — Não ouse fechar esses olhos!
Os lábios dele se curvaram em um sorriso fraco, mesmo no meio da dor.
— Você é tão mandona…
— Você não viu nada ainda… — tentei brincar, mesmo que meu peito estivesse em desespero. — Meu pai já está chegando, ele vai te ajudar, você vai ficar bem!
Os olhos dele brilharam suavemente na escuridão, como se apenas minha presença já fosse suficiente.
— Eu te encontrei, Mia Bella… — sua voz era um sussurro, carregado de sentimento. — Não importa o que aconteça… o importante é que eu te encontrei. Agora posso morrer feliz.
— Cala a boca, garoto! — minha v