APRIL
O hospital parecia silencioso demais enquanto caminhávamos pelos corredores. Gabriel estava fazendo exames, e aproveitamos para respirar um pouco. Mas a calmaria foi curta. Theo nos encontrou, com a expressão fechada, e avisou:
— Temos uma reunião de família. Agora.
O peso daquelas palavras apertou meu peito. Algo estava errado.
Fomos levados até a sala do nosso pai. Assim que a porta se abriu, senti a tensão no ar. Meus irmãos adotivos estavam lá, minha mãe e meu pai também, todos de rostos sérios, como se um furacão estivesse prestes a nos atingir.
— O que está acontecendo? — perguntei, cruzando os braços, preparando-me para o impacto.
Minha mãe se aproximou rapidamente e me envolveu em um abraço apertado.
— Meu amor, como você está?
— Estou bem, mãe. Gabriel está se recuperando rápido.
Ela sorriu levemente, mas ainda havia preocupação em seus olhos. Então, Daniel quebrou o silêncio sufocante.
— Vamos direto ao ponto?
Meu pai respirou fundo antes de falar:
— Kimberly mandou um