GABRIEL
Eu já tinha esquecido que Kimberly estava ao meu lado até que sua voz cortou o silêncio:
— Quem é esse cara?
Franzo a testa, distraído.
— O quê?
— Desculpa, mas seu celular estava meio virado para o meu lado e, sem querer, eu vi.
Viro o telefone para mim e suspiro.
— Ah... Ele é minha única pista no momento. Estou procurando uma pessoa e ele pode me levar até ela.
— O que ele fez? Vai matá-lo? — Ela tenta disfarçar a empolgação, mas vejo o brilho de excitação em seus olhos.
Minha expressão endurece.
— Você o conhece?
Isso seria impossível… Certo?
Ela dá um sorriso enigmático.
— Me responde primeiro.
Meu sangue ferve com sua provocação.
— Fala logo, garota, ou sai agora do meu carro e vai a pé até a cidade. Quem sabe eu não ligue “sem querer” para Nicolai, avisando que você ainda está no território dele?
Seus olhos faiscam de raiva.
— Você não faria isso… — ela sussurra entre dentes.
Dou de ombros, impassível.
— Quem é esse cara? — Ergo o celular, impaciente. — Não brinque com