GABRIEL
Saí da casa do meu avô mais confuso do que entrei. Como assim tenho que acreditar nos meus sonhos? E aquela garota… sempre me chamando de Felipe. Isso não é real. Não pode ser.
Quando Taylor chegou para me buscar, apenas entrei no carro, tentando juntar as peças desse quebra-cabeça maluco. Minha mente fervia com tantas perguntas sem resposta.
Alguns minutos depois, avisto à beira da estrada a garota que Kevin rejeitou mais cedo. Ainda não entendi bem toda aquela gritaria, mas se até Kevin, o santo bondoso, foi cruel com ela, então deve ter um motivo.
— Taylor, diminui! — digo, abaixando o vidro.
Ela ainda chorava, mas seus olhos estavam em chamas, consumidos por uma fúria crua.
— Oi... Kimberly, né?
— O que você quer, Gabriel? — ela dispara, cuspindo veneno.
— Só ajudar. Você está longe de tudo. Vem, te dou uma carona até a cidade, depois você se vira sozinha.
Ela solta um riso seco.
— E por que diabos você se importa?
— Não me importo com você, se é isso que está pensando. Só