Milena
Chegando lá, fui mais uma vez até a porta de número 138 e bati várias vezes, mas ninguém atendeu. Aparentemente, não havia ninguém ali no momento. Fiquei aguardando um pouco, pensando no que fazer.
Será que ele estaria ali e não quis atender?
Minutos depois, uma moça, que certamente era uma das moradoras, passou por ali, e eu perguntei se o proprietário morava próximo. Inventei que estava à procura de aluguel. Ela falou que a dona era uma mulher e mostrou uma casa grande no térreo, no final de um corredor ao longe. Agradeci e fui até lá.
Bati na porta de madeira com pintura antiga e vi, na parede, uma plaquinha escrita “Faço costuras”.
Logo apareceu uma senhora de cabelos levemente grisalhos, soltos na altura dos ombros, segurando uma fita métrica na mão.
— Boa tarde! — disse ela, me olhando com curiosidade.
— Boa tarde! A senhora é a proprietária dos imóveis?
Antes de responder, ela colocou os óculos, que estavam pendurados numa corrente metálica no pescoço, e senti que me med