Fernanda
Muitas armas apontadas para mim por vários soldados que formavam um círculo ao meu redor. Tentei não transparecer medo, mesmo sendo impossível numa situação como essa, enquanto já sentia meu corpo começar a tremer.
Falei com eles como se fosse uma velha conhecida do MT, e, se realmente for o Mateus, eu não menti. Eu e ele somos velhos conhecidos mesmo.
Um dos homens, que acredito ser o chefe deles, fala agora com alguém pelo celular, muitas coisas ditas em códigos para que eu não entendesse. Angustiantes minutos se passaram até que ele diz:
— Tá liberada pra subir, dona! — ele me analisa dos pés à cabeça e, quando pensei em entrar novamente no carro, ele fala grosso:
— Só vai entrar com essa nave aí porque o chefe liberou. O soldado ali vai te mostrar o caminho! — ele fala apontando com a cabeça para um rapaz em cima de uma moto, tão armado quanto os outros.
Assim fiz. Entrei no meu carro e fui seguindo o soldado e, obviamente, vários outros me acompanhavam também. Mas só o f