Quando Royal viu os hematomas escuros no torso e nas costas da menina, seu coração parou. Os olhos se arregalaram, e um calafrio percorreu sua espinha.
— Coral... — sussurrou, surpreso.
Coral se virou, assustada, cobrindo o corpo com os braços.
— Pai! Por que você voltou?! — gritou ela, com a voz trêmula, cheia de vergonha e medo.
Royal se aproximou rapidamente, agachando-se diante dela para ficar na mesma altura. Seus olhos vasculhavam cada canto do corpo da filha, cada marca, cada sombra. Era como se o ar estivesse sumindo, como se o sufocasse.
— O que aconteceu com você? — perguntou com urgência, tentando segurar suas mãos, mas Coral as afastou.
— Nada... nada... só me machuquei brincando na escola — disse rapidamente, mas a voz soava insegura, sem convicção.
Royal franziu a testa e, com delicadeza, mas firmeza, segurou os bracinhos dela, afastando-os do torso que ela tentava esconder.
— Coral, esses hematomas não são de brincadeira — disse ele, tentando manter a calma, embora um f