Striptease...
Alexandre
Senti meu corpo inteiro enrijecer o instante em que a Jaqueline me pediu para que eu não fizesse nada contra o Talles. A palavra “nada” ecoou em minha mente como uma afronta. Meu sangue ferveu, e um desconforto amargo subiu pela garganta como fel. Eu tentei manter a compostura, mas por dentro estava em guerra.
“Ela ainda sente algo por aquele desgraçado?” O pensamento me dilacerou de dentro pra fora.
O ciúme veio como um soco, e com ele a raiva. Era absurdo, eu sabia, mas vê-la interceder por um homem que a tratou tão mal e a humilhou me deixava fora do eixo. No entanto, à medida que ela explicava, que mostrava a razão por trás do pedido, senti a raiva se curvar diante da admiração.
Jaqueline não defendia o Talles. Ela apenas se recusava a se transformar no reflexo dele, ou que eu o fizesse.
Era isso o que mais me tocava.
Mesmo machucada, ferida por dentro, ela escolhia não devolver na mesma moeda. Escolhia não ser igual. E isso era grandeza.
Respirei fundo. Por mais que odi