O que faz aqui?...
Jaqueline
A segunda-feira amanheceu clara, mas o peso no meu peito não se dissipou. Na mesa do café eu observava o Alexandre, enquanto ele folheava alguns documentos e tomava longos goles do café preto. Seu semblante era sereno, quase impassível, mas eu sabia que por trás daquela calma havia um vulcão que, se provocado, entraria em erupção.
Enquanto eu comia uma fatia de mamão, minha mente voltava para o mesmo ponto: Como seria a convivência do Alexandre com Estevão? As coisas estavam muito longe de serem resolvidas e a simples ideia do Estevão pedindo demissão me causava um incômodo no estômago.
Nosso trajeto até o Grupo Ridell foi silencioso, cada um perdido em seus próprios pensamentos. No estacionamento, Alexandre deu a volta no carro, e como sempre abriu a porta para mim.
– Estou sentindo tensão aí, coelhinha… Não há com o que se preocupar. Acariciou o meu rosto de leve com o polegar.
– Tem, sim, Alexandre. E muito. A amizade de vocês sempre foi importante. Eu só espero que você