Não adianta negar...
Alexandre
Depois do acontecido no restaurante, eu me sentia em um estado que beirava a tortura constante. Cada vez que a Jaqueline passava e se quer me olhava, era como um soco no estômago. Não havia castigo maior do que o silêncio vindo dela e isso estava acabando com a minha concentração. A cadeira dela vazia quando retornamos do restaurante, o que me fez sentir um desconforto imediato. O espaço sem ela parecia maior e mais frio. Respirei fundo tentando concentrar nos papeis sobre a minha mesa, mas em minha mente se repetia a possibilidade dela decidir ir embora. E isso era inadmissível.
A possibilidade de perdê-la me desestabilizou, me deixou extremamente inquieto. Eu sabia do meu erro. Encontros casuais com outras mulheres haviam feito parte da minha rotina, sempre com limites claros, sempre com distanciamento emocional. Mas todas acabavam mostrando o mesmo: elas queriam a conta bancária cheia e o prestígio que eu poderia proporcionar.
Mas com a Jaqueline era diferente. Ela não me