O convite...
Jaqueline
Com o coração apertado e me recusando a chorar, me mantive em silêncio o restante do percurso de volta para a empresa. Assim que o Alexandre estacionou o carro, com o olhar firme em mim eu o ignorei.
– Pode destravar a porta, por favor. Quero descer.
– Jaqueline…
Ele tentou mais uma vez um pedido de desculpas, mas eu virei o rosto para a janela, recusando qualquer tentativa.
– Qualquer coisa que tenha a ver com trabalho, pode me chamar. Fora isso não temos nada pra conversar.
Ele suspirou profundamente, apoiou os cotovelos no volante e passou as mãos pelos cabelos com frustração, desarrumando-os ainda mais. Destravou a porta sem dizer mais nada, e eu sai com passos apressados sem olhar para trás. Meu coração pesava no peito como chumbo. “Melhor assim. Melhor acontecer agora, antes que eu mergulhasse completamente nessa ilusão” pensei. Os sons dos meus saltos ecoavam pelos corredores da empresa e eu tentava esboçar um sorriso, mas por dentro me sentia amarga e ridícula.
Ao me