Emoção arrebatadora...
Jaqueline
Havia apenas murmúrios curiosos e o som suave das pessoas se ajeitando nas cadeiras. Houve uma certa movimentação no palco. Silhuetas cruzaram o fundo iluminado por uma luz fraca. Era possível ver o reflexo das partituras, o brilho metálico dos instrumentos e os primeiros ajustes dos microfones. Foi então que as luzes se acenderam de uma só vez, revelando o centro do palco. E lá estava ele: Edgar Nolasco.
De pé, imponente e sereno, vestindo um terno preto impecável. Ao seu lado, outras pessoas. Mas o meu olhar se prendeu apenas nele. Seus olhos percorriam o público e quando me encontrou, abriu um sorriso calmo, mas cheio de significado. Senti um nó se formar na garganta. Mesmo de longe, aquele olhar carregava algo que eu ainda tentava compreender. Uma mistura de afeto, orgulho e talvez saudade.
Ele se aproximou do microfone com a voz grave e tranquila:
– Boa noite a todos. É uma alegria imensa receber cada um de vocês na Fundação Edgar Nolasco.
Os aplausos ecoaram, e ele esp