Capítulo 5

ALEX MONTENEGRO

São Paulo, Jardins, finalmente em casa. Eu nasci em Nova Iorque, meus pais optaram por me ter nos Estados Unidos, mas fora os anos em que cursei a Universidade de Stanford, eu morei sempre aqui, nesta casa, uma residência localizada numa área estratégica do bairro Jardins, o condomínio com o metro quadrado mais caro de São Paulo. A nossa residência ocupava a maior área construída do bairro, meus avós e meus pais sempre gostaram de conforto e espaço, então aqui temos uma casa grande, com espaços amplos e os melhores móveis do mercado. Tinha uma piscina que não perdia em nada para uma piscina olímpica, uma pequena área gramada que era um ótimo campo de golfe. Meu avô era um campeão de golfe e quando comprou esse espaço o primeiro projeto foi a área externa e o seu campo de golfe particular. Eu até tentei compartilhar da mesma paixão, jogo às vezes, mas eu uso o espaço mais como campo de futebol para manter os exercícios físicos em dia. Que o meu avô e meu pai não se revirem no túmulo ao me ver fazendo isso.

Voltamos do cruzeiro há duas semanas e desde então, eu estava em contato com Isadora Molina, ela não só fazia parte da equipe de advogados da empresa, como também era a filha de um dos diretores do Grupo Montenegro, o Josias Molina. Isadora também era uma excelente profissional da área de direito criminalista, em seu escritório particular ela conquistou grandes feitos. Confesso que conhecer sua vida e carreira de sucesso me instigou ainda mais, meu interesse que já era grande, cresceu mais. Isadora se mostrou uma mulher com todas as qualidades que eu admirava em uma mulher, ela tinha personalidade, não se curvava às vontades de terceiros, como as outras. E o que mais me cativou: ela não se mostrava fascinada com meu dinheiro ou posição.

Hoje, na saída do trabalho, eu a peguei na porta do escritório e a trouxe para minha casa. Estamos nos vendo praticamente todos os dias e trazê-la comigo já estava virando rotina.

— Alex, você acha que eu estou com você porque eu sei que você é o ceo? Eu não faço questão disso. Eu fui pra cama com você porque eu me interessei por você, pelo seu corpo não por causa do seu dinheiro! — Ela respondeu com a voz alterada quando a questionei se ela já me conhecia antes.

A minha intenção não era irritá-la, eu queria apenas a conhecer melhor.

— Não foi isso que eu te perguntei, Isadora, eu perguntei se no barco você já sabia que eu era seu chefe e chefe do seu pai — perguntei novamente, segurando sua cintura, para impedi-la de se afastar.

— É claro que eu sabia, eu não sou idiota! É óbvio que eu sei o nome do meu chefe e do chefe do meu pai, mas isso não significa que eu estou com você por isso — sua resposta soou ressentida. Pela expressão de desgosto, ela achava que eu a estava acusando de ser interesseira.

— Eu disse que você está comigo por isso? Eu não falei isso, só perguntei, é proibido fazer perguntas só porque eu sou rico? — reclamei, estranhando sua reação.

— Não é isso, é só que eu odeio esses julgamentos.

— Mas eu não estou julgando você, eu só fiz uma pergunta, nada demais.

— Eu sei, me desculpe. É só que… As pessoas pensam assim, só porque você é o que é, eu corri atrás por interesse.

— Eu sou o que eu sou? E o que exatamente eu sou, senhorita Isadora Molina? Ham, um gato, gostoso ... — Provoquei, distribuindo beijos no seu pescoço.

— É. Você é tudo isso, tudo isso e muito mais — terminando a frase, ela puxou meu rosto e beijou-me com paixão.

Depois de deixar a Isadora em casa, voltei direto para casa, no caminho fiquei pensando nas reclamações dela. Se ela estava tão preocupada com os julgamentos é porque vinha ouvindo críticas e a única maneira de parar isso era tornar a nossa relação pública.

Mas, antes de tomar a decisão que mudaria minha vida, eu precisava ouvir a opinião da minha avó, era importante mantê-la sempre por dentro de tudo.

— Vovó, o que a senhora acha da Isadora? — perguntei, assim que entrei em casa e a encontrei na sala.

— Eu gosto dela, parece ser muito simpática, também é muito inteligente já que é advogada, ela trabalha para nós, certo?

Seu sorriso genuíno era a prova das suas palavras e isso me deu mais certeza da minha decisão.

— Sim, Vovó, ela é membro da equipe de advogados da empresa e também tem seu próprio escritório no prédio ao lado do edifício da empresa. Eu estou realmente gostando dela, ela é linda, decidida e muito empenhada. Eu realmente me interessei por ela — um sorriso surgiu em meu rosto ao pensar nela.

— Eu estou vendo, você nunca ficou assim por ninguém — ela concordou, feliz. A minha avó era a pessoa que mais me entendia e sua maior felicidade era me ver feliz.

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